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Durante a Separação, diz «Sim».

Atualizado: 9 de dez. de 2024


Viver uma Parentalidade Consciente durante a Separação, é assumir que nem a Parentalidade, nem a Separação/Divórcio são um episódio na vida dos adultos e das crianças. São processos, longos e lentos; a Parentalidade muito mais longa e muito mais lenta.


Academicamente, a separação e a parentalidade são assuntos multifactoriais, complexos, densos... mas na prática do dia-a-dia de mães e pais, a gestão da parentalidade não conjugal é quotidiana e concreta. Ás vezes, é desafiante e tortuosa, outras vezes, é intuitiva e linear.



Estes processos, se forem vividos de forma consciente e intencional, poderão levar a uma transformação pessoal de todos os intervenientes. Sem soluções milagrosas, nem negação das dificuldades, desafios e dores. Passo a passo, celebrando cada pequena conquista.


Durante a Separação, para viver uma Parentalidade Consciente, decide dizer «Sim».

Decide dizer «Sim» a ti própri@.

1) «Alinha-te contigo mesm@»; define intenções e esclarece as tuas necessidades de forma positiva e construtiva; sê quem queres ser na relação com o teu filho e não uma resposta às circunstâncias; sê autêntic@.


2) «Sê o dono da tua vida»; assume a Responsabilidade Pessoal, nomeadamente o compromisso de respeitar os teus limites e satisfazer as tuas necessidades, independentemente do que os outros façam ou deixem de fazer; silencia o Ressentimento.


Decide dizer «Sim» à realidade, tal como se apresenta.

1) «Tira uma fotografia à realidade»; descreva a situação actual (pessoal, familiar, financeira, laboral…) de forma factual, sem associares um julgamento (“bom”/”mau”, “certo”/”errado”); faz um inventário dos teus recursos («Com o que/quem é que eu posso realmente contar?»); «A que ideia/facto estou a resistir?», «O que é que é ainda difícil para mim aceitar?».


2) «Mantém-te no presente»; apesar de ser o único sítio onde podemos realmente estar e fazer seja o que for, facilmente andamos a reviver o passado ou a antecipar o futuro; numa situação de separação, a disrupção e a turbulência são inevitáveis: o que era, não volta a ser e o que será, não há forma de saber; aprende a relaxar, aceitar o que passou e confiar no que está para vir; lembra-te do teu “sim”, das tuas intenções e valores; pergunta-te: «O que é mais importante, agora.


Decide dizer «Sim» ao teu filho/«Sim» à tua filha.

1) «Coloca-te no lugar d@ teu/tua filh@»; «Quem é esta pessoa? Que idade tem? Como tem sido, até agora, a relação comigo? E com o outro progenitor? Como era o seu contexto familiar, até à separação? Quão seguro estou de que consigo manter as rotinas e corresponder às suas necessidades? O que é que @ meu/minha filh@ precisa, agora? O que é que @ meu/minha filh@ precisa, sempre? Como é que quero que @ meu/minha filh@ se lembre deste período de adaptação à separação?»; estas questões são essenciais para tomar decisões conscientes; reconhece e aceita o impacto que a separação tem n@ teu/tua filh@.


2) «Põe na relação aquilo que queres que o teu filho desenvolva»; o que deres aos teus filhos, será o que desenvolves em ti; põe na relação, o que queres que eles desenvolvam; não aceites convites para a “guerra”; não vivas numa «paz podre» (assume a Responsabilidade Pessoal, nomeadamente o compromisso de respeitar os teus limites e satisfazer as tuas necessidades).


Quando há uma separação, quem quer viver a sua Parentalidade de forma Consciente questiona-se mais a si próprio do que ao outro, procura a sua congruência interna e afasta-se do status quo da trama social, dos procedimentos instituídos e standardizados. Sabe que uma parentalidade partilhada não é forçosamente sobre 50%/50% do tempo ou das despesas… e que, entre o péssimo e o excelente, há 1000 «suficientemente bons»[1] (e procura construir o seu!).

Se for necessário enveredar pela via judicial, por não ser possível estabelecer um funcionamento e uma comunicação razoáveis entre os adultos, luta a favor do(s) teu(s) filho(s), não contra o seu pai/sua mãe.



[1] P.e., a parentalidade paralela, não sendo o ideal, pode ser um óptima solução (temporária ou definitiva), quando há dificuldades na relação entre os pais.

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